A importância da proteção anual
A vacina da gripe representa uma das medidas preventivas mais eficazes contra a influenza, uma infecção respiratória potencialmente grave que afeta milhões de pessoas globalmente a cada ano. Embora muitos considerem a gripe uma doença comum e de fácil recuperação, ela pode desencadear complicações sérias, especialmente em grupos vulneráveis. A vacina da gripe precisa ser atualizada e aplicada anualmente devido às constantes mutações do vírus influenza, garantindo proteção adequada contra as cepas circulantes da temporada.
De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), entre 3 e 5 milhões de pessoas desenvolvem casos graves de gripe anualmente em todo o mundo, resultando em aproximadamente 290.000 a 650.000 óbitos por causas respiratórias. A vacina da gripe continua sendo a estratégia mais eficiente para prevenir a doença e suas complicações, reduzindo significativamente o risco de hospitalizações e mortes relacionadas ao vírus.
Neste artigo, vamos explorar tudo o que você precisa saber sobre a vacina da gripe: como ela funciona, por que é necessário tomá-la todos os anos, quem deve se vacinar prioritariamente e quais são as mudanças previstas para 2025. Assim, acompanhe estas informações essenciais para sua saúde e bem-estar!
O que é a influenza e como ela afeta o organismo?
Entendendo o vírus da gripe
A influenza, popularmente conhecida como gripe, é uma infecção viral aguda que ataca primariamente o sistema respiratório. O vírus responsável pela doença se apresenta em quatro tipos principais: A, B, C e D. As epidemias sazonais de gripe são principalmente causadas pelos tipos A e B, enquanto os tipos C e D são menos comuns e geralmente causam infecções mais brandas.
Os vírus do tipo Influenza A são classificados em subtipos de acordo com as proteínas presentes em sua superfície (hemaglutinina e neuraminidase). Os subtipos H1N1 e H3N2 são os mais prevalentes atualmente e representam as principais ameaças à saúde pública. Já os vírus do tipo Influenza B são divididos por linhagens, sendo a Victoria a mais circulante nos últimos anos – a linhagem Yamagata não tem sido observada em circulação significativa há pelo menos cinco anos.
Sintomas característicos da gripe
O período de incubação do vírus influenza – tempo entre o contágio e o aparecimento dos primeiros sintomas – varia de 1 a 4 dias, com média de 2 dias. Dessa forma, a gripe se caracteriza pelo início súbito de sintomas como:
- Febre alta e repentina (geralmente acima de 38°C)
- Tosse seca persistente
- Dor de cabeça intensa
- Dores musculares e articulares (mialgia)
- Dor de garganta
- Coriza e congestão nasal
- Sensação de mal-estar generalizado
- Fadiga e prostração extrema
Diferentemente do resfriado comum, a gripe tende a apresentar sintomas mais intensos e debilitantes. Enquanto a maioria das pessoas se recupera em aproximadamente uma semana, alguns sintomas como tosse, cansaço e mal-estar podem persistir por várias semanas. Para grupos de risco, a gripe pode evoluir para complicações graves, como pneumonia, bronquite, sinusite bacteriana, descompensação de doenças crônicas e, em casos extremos, insuficiência respiratória e óbito.
Mecanismos de transmissão
O vírus influenza possui alta transmissibilidade e se propaga principalmente de pessoa para pessoa através de:
- Gotículas respiratórias: liberadas quando uma pessoa infectada tosse, espirra ou fala
- Contato direto: aperto de mãos ou contato próximo com pessoa infectada
- Contato indireto: tocar superfícies contaminadas e depois levar as mãos aos olhos, nariz ou boca
A transmissão é particularmente eficiente em ambientes fechados ou semifechados, como residências, escolas, escritórios e instituições de longa permanência. Por essa razão, nestes locais, a probabilidade de surtos aumenta consideravelmente devido ao contato próximo e prolongado entre as pessoas.
Uma pessoa infectada pode transmitir o vírus desde um dia antes do início dos sintomas até aproximadamente 5-7 dias após adoecer, sendo que o período de maior transmissibilidade ocorre nos primeiros 3-4 dias da doença. Além disso, crianças e pessoas com sistema imunológico comprometido podem permanecer contagiosas por períodos mais longos.
Como funciona a vacina da gripe?
Mecanismo de ação da vacina contra Influenza
A vacina da gripe atua estimulando o sistema imunológico a produzir anticorpos específicos contra os vírus da influenza incluídos em sua formulação. Quando o organismo é exposto ao vírus real, esses anticorpos previamente produzidos reconhecem o patógeno invasor e o neutralizam antes que ele cause a doença ou reduza significativamente a gravidade dos sintomas.
O imunobiológico utilizado na vacina da gripe é do tipo inativado, ou seja, contém partículas de vírus mortos ou fragmentados que não podem causar a doença. Esta característica torna a vacina segura para a maioria das pessoas, incluindo aquelas com sistema imunológico fragilizado.
É importante desmistificar uma crença comum: a vacina da gripe não causa gripe. Quando alguém desenvolve sintomas gripais após a vacinação, geralmente ocorre porque:
- A pessoa foi infectada antes da vacinação, quando o vírus estava em período de incubação
- Foi exposta a uma cepa de vírus não coberta pela vacina daquele ano
- Está experimentando efeitos colaterais leves e temporários da vacina, como dor no local da injeção ou fadiga leve
- Está com outra infecção respiratória causada por vírus diferentes do influenza
A proteção conferida pela vacina da gripe começa aproximadamente duas semanas após a aplicação, tempo necessário para que o sistema imunológico produza anticorpos em quantidade suficiente.
Por que a vacina da gripe precisa ser anual?
A necessidade de tomar a vacina da gripe todos os anos está relacionada a dois fatores principais:
1. Mutação viral constante
O vírus influenza possui alta capacidade de mutação genética, um processo conhecido como “drift antigênico”. Estas pequenas alterações em sua estrutura ocorrem continuamente, permitindo que o vírus escape da imunidade adquirida anteriormente, seja por infecção natural ou por vacinação. Como resultado, as cepas do vírus que circulam em uma temporada podem ser significativamente diferentes das que circularam no ano anterior.
2. Diminuição da imunidade ao longo do tempo
Mesmo que não houvesse mudanças nas cepas circulantes, a proteção conferida pela vacina da gripe tende a diminuir com o passar dos meses. Estudos mostram que a eficácia da vacina começa a reduzir aproximadamente 6 meses após a aplicação, tornando necessária a revacinação anual para manter níveis adequados de proteção.
A OMS, em colaboração com centros de pesquisa globais, monitora continuamente as cepas de influenza em circulação no mundo. Com base nestes dados, a organização, portanto, faz recomendações sobre quais cepas devem ser incluídas nas vacinas para a próxima temporada de gripe. Além disso, estas recomendações são feitas separadamente para os hemisférios norte e sul, considerando os diferentes períodos de inverno.
Composição da vacina da gripe para 2025
Para a temporada de 2025, a OMS recomendou alterações na composição da vacina da gripe para melhor proteção contra as cepas circulantes. As vacinas trivalentes produzidas no Brasil deverão incluir:
- Influenza A/Victoria/4897/2022 (H1N1) pdm09
- Influenza A/Croatia/10136RV/2023 (H3N2)
- Influenza B/Austria/1359417/2021 (linhagem Victoria)
As vacinas quadrivalentes, além das três cepas acima, incluirão também um vírus similar ao B/Phuket/3073/2013 (linhagem Yamagata), oferecendo proteção mais ampla contra os tipos de influenza em circulação.
Portanto, esta atualização na composição da vacina da gripe é essencial para garantir a máxima eficácia contra as cepas que provavelmente circularão durante a próxima temporada de gripe, reforçando a importância da vacinação anual.
Benefícios da vacina da gripe: Por que se vacinar?
Redução significativa do risco de infecção
A vacina da gripe reduz substancialmente o risco de contrair a doença. Mesmo quando a correspondência entre as cepas da vacina e os vírus circulantes não é perfeita, a vacinação ainda oferece proteção cruzada, diminuindo a probabilidade de infecção. Além disso, estudos mostram que pessoas vacinadas têm entre 40% e 60% menos chances de desenvolver a doença quando a vacina está bem alinhada com os vírus circulantes.
Prevenção de complicações graves
Um dos benefícios mais importantes da vacina da gripe é a prevenção de complicações graves da doença. Pessoas vacinadas que eventualmente contraem influenza tendem a apresentar sintomas mais leves e por períodos mais curtos. A vacinação reduz significativamente:
- O risco de hospitalização relacionada à gripe (redução de até 82% em adultos)
- A incidência de pneumonia bacteriana secundária
- Exacerbações de doenças crônicas como asma, diabetes e doenças cardíacas
- Admissões em unidades de terapia intensiva
- Óbitos relacionados à influenza
Proteção coletiva e impacto social
A vacina da gripe não beneficia apenas o indivíduo vacinado, mas também contribui para a proteção coletiva através do conceito de “imunidade de rebanho”. Quando uma grande porcentagem da população está imunizada, a circulação do vírus diminui, protegendo indiretamente:
- Bebês com menos de 6 meses que não podem ser vacinados
- Pessoas imunocomprometidas com resposta reduzida à vacina
- Indivíduos com contraindicações específicas à vacinação
Além disso, a vacinação contra a gripe reduz significativamente o absenteísmo escolar e laboral. Estudos demonstram que crianças, adolescentes e adultos vacinados têm menos dias de ausência nas escolas, universidades e trabalho, contribuindo para maior produtividade e melhor desempenho acadêmico.
Benefícios econômicos
Do ponto de vista econômico, a vacina da gripe representa um investimento de alto retorno para sistemas de saúde e sociedade:
- Redução de custos diretos com consultas médicas, medicamentos e hospitalizações
- Diminuição de custos indiretos relacionados à perda de produtividade
- Menor pressão sobre os serviços de saúde durante os picos sazonais de gripe
Quem deve tomar a vacina da gripe?
Recomendações gerais
A vacina da gripe é recomendada para todas as pessoas a partir dos 6 meses de idade, com poucas exceções. No entanto, existem grupos prioritários que apresentam maior risco de complicações e, portanto, devem ser vacinados preferencialmente:
Grupos prioritários e de alto risco
Crianças
- Bebês e crianças de 6 meses a 5 anos, especialmente aqueles com menos de 2 anos
- Crianças com doenças crônicas como asma, diabetes ou condições neurológicas
Idosos
- Pessoas com 60 anos ou mais, independentemente de condições de saúde subjacentes
- O risco de complicações graves aumenta progressivamente com a idade
Gestantes e puérperas
- Mulheres em qualquer período gestacional
- Puérperas até 45 dias após o parto
- A vacina protege tanto a mãe quanto o bebê nos primeiros meses de vida
Profissionais de saúde e educação
- Médicos, enfermeiros e outros trabalhadores da saúde com contato direto com pacientes
- Professores e funcionários de instituições de ensino
- Cuidadores de idosos e pessoas com necessidades especiais
Pessoas com condições médicas específicas
- Portadores de doenças crônicas pulmonares (asma, DPOC, fibrose cística)
- Cardiopatas (insuficiência cardíaca, doença coronariana)
- Diabéticos
- Pessoas com doenças renais crônicas
- Pacientes com doenças hepáticas
- Pessoas com obesidade (IMC ≥ 40)
- Indivíduos com doenças neurológicas e neuromusculares
- Pessoas com imunossupressão (HIV/AIDS, câncer, uso de imunossupressores)
- Transplantados
Esquema de vacinação
O esquema de vacinação contra a gripe varia conforme a idade e histórico de imunização:
- Crianças de 6 meses a 8 anos que nunca foram vacinadas: necessitam de duas doses com intervalo mínimo de 4 semanas entre elas
- Crianças de 6 meses a 8 anos previamente vacinadas: dose única anual
- Pessoas a partir de 9 anos: dose única anual
A vacina da gripe deve ser preferencialmente aplicada antes do início da temporada de maior circulação do vírus, que varia conforme a região geográfica. No Brasil, a campanha de vacinação geralmente ocorre no outono, preparando a população para o inverno, quando há maior incidência de casos.
Vacina da gripe: Diferenças entre redes pública e privada
Vacina trivalente vs. quadrivalente
Uma das principais diferenças entre as vacinas da gripe disponíveis nas redes pública e privada está na sua composição:
Rede pública (SUS)
- Oferece a vacina trivalente, que protege contra três tipos de vírus influenza:
- Dois subtipos de Influenza A (H1N1 e H3N2)
- Um tipo de Influenza B (linhagem Victoria)
- Disponibilizada gratuitamente para os grupos prioritários
- Segue o calendário nacional de vacinação estabelecido pelo Ministério da Saúde
Rede privada (Clínicas e Hospitais Particulares)
- Disponibiliza a vacina quadrivalente, que protege contra quatro tipos de vírus:
- Dois subtipos de Influenza A (H1N1 e H3N2)
- Dois tipos de Influenza B (linhagens Victoria e Yamagata)
- Disponível para todas as faixas etárias a partir de 6 meses, sem restrição de grupos
- Pode ser aplicada durante todo o ano, com pico de procura no período que antecede o inverno
Ambas as versões da vacina da gripe são seguras e eficazes, tendo passado por rigorosos testes clínicos antes de sua aprovação. Contudo, a escolha entre a vacina trivalente e quadrivalente depende da disponibilidade, acesso e necessidades individuais de proteção.
Segurança e possíveis reações à vacina da gripe
Contraindicações
Apesar de ser segura para a maioria das pessoas, a vacina da gripe possui algumas contraindicações específicas:
- Pessoas com histórico de reação alérgica grave (anafilaxia) a doses anteriores da vacina
- Indivíduos com alergia severa a qualquer componente da vacina, como proteína do ovo (presente em algumas formulações)
- Pessoas que desenvolveram Síndrome de Guillain-Barré até 6 semanas após dose anterior da vacina (contraindicação relativa)
- Bebês com menos de 6 meses de idade
Pessoas com febre moderada a alta no dia da vacinação devem adiar a aplicação até a resolução do quadro febril.
Reações adversas comuns
A maioria das reações à vacina da gripe é leve e transitória, desaparecendo em até 48 horas:
Reações locais
- Dor, vermelhidão e inchaço no local da aplicação
- Endurecimento temporário da área
Reações sistêmicas
- Febre baixa (menos comum)
- Dor de cabeça leve
- Mal-estar temporário
- Dores musculares leves
- Fadiga
Estas reações são sinais de que o sistema imunológico está respondendo à vacina e não indicam que a pessoa contraiu gripe. É importante ressaltar que a vacina da gripe inativada não pode causar a doença, pois não contém vírus vivos.
Métodos complementares de prevenção da gripe
Embora a vacina da gripe seja a medida preventiva mais eficaz, outras práticas ajudam a reduzir o risco de contágio:
Hábitos de higiene
- Lavar as mãos frequentemente com água e sabão por pelo menos 20 segundos
- Usar álcool em gel quando não for possível lavar as mãos
- Evitar tocar olhos, nariz e boca com as mãos não higienizadas
- Cobrir nariz e boca com lenço descartável ao tossir ou espirrar
- Na ausência de lenço, usar a parte interna do cotovelo (nunca as mãos)
Cuidados com o ambiente
- Manter ambientes ventilados
- Limpar e desinfetar superfícies frequentemente tocadas
- Evitar aglomerações, especialmente em locais fechados durante surtos de gripe
Reforço da imunidade
- Manter uma alimentação saudável e equilibrada
- Praticar atividade física regularmente
- Garantir boas noites de sono
- Gerenciar o estresse
- Manter-se hidratado
- Evitar o consumo excessivo de álcool e não fumar
Estas medidas, quando combinadas com a vacinação anual, oferecem a melhor proteção contra a influenza e suas complicações.
Perguntas frequentes sobre a vacina da gripe
A vacina da gripe pode causar a doença?
Não. A vacina da gripe disponível no Brasil é inativada, ou seja, contém apenas fragmentos do vírus morto, incapazes de causar a doença. Os sintomas leves que algumas pessoas experimentam após a vacinação são reações imunológicas normais, não a gripe em si.
Quem tem alergia a ovo pode tomar a vacina da gripe?
A maioria das pessoas com alergia a ovo pode receber a vacina da gripe com segurança. No entanto, apenas aqueles com histórico de reação alérgica grave (anafilaxia) a ovos devem consultar um alergista antes da vacinação. Além disso, existem vacinas produzidas sem componentes de ovo, que podem ser alternativas seguras.
Posso tomar a vacina da gripe e a da COVID-19 ao mesmo tempo?
Sim. De acordo com as diretrizes atuais, a vacina da gripe pode ser administrada simultaneamente ou em qualquer intervalo com outras vacinas, incluindo a da COVID-19. Não há necessidade de intervalo entre elas.
Quando é o melhor período para tomar a vacina da gripe?
No Brasil, o período ideal é antes do inverno, geralmente entre abril e maio, quando são realizadas as campanhas nacionais de vacinação. Entretanto, a vacina pode ser aplicada em qualquer época do ano, especialmente para viajantes e pessoas de grupos de risco.
A vacina protege contra resfriado comum?
Não. A vacina da gripe protege especificamente contra o vírus influenza. Resfriados comuns são causados por outros vírus, principalmente rinovírus, para os quais não existe vacina disponível atualmente.
Gestantes podem tomar a vacina da gripe em qualquer período da gestação?
Sim. A vacina da gripe é segura e recomendada para gestantes em qualquer trimestre da gravidez. A vacinação durante a gestação protege não apenas a mãe, mas também o bebê nos primeiros meses de vida através da passagem de anticorpos via placenta e amamentação.
Conclusão: A importância da vacinação anual contra a gripe
A vacina da gripe representa uma das estratégias mais eficazes de saúde pública para prevenir a influenza e suas complicações potencialmente graves. Além disso, sua aplicação anual é essencial devido à constante mutação do vírus e à diminuição gradual da imunidade conferida pela dose anterior.
Embora a gripe seja frequentemente vista como uma doença comum, ela pode resultar em complicações sérias, hospitalizações e até óbitos, especialmente entre grupos vulneráveis como idosos, crianças pequenas, gestantes e pessoas com condições crônicas de saúde. A vacina da gripe reduz significativamente estes riscos, além de diminuir a circulação viral na comunidade.
Ao tomar a vacina da gripe anualmente, você não apenas protege a si mesmo, mas contribui para a proteção coletiva, especialmente daqueles que não podem ser vacinados. Esta ação simples e segura representa um gesto de responsabilidade individual e coletiva, fundamental para a construção de uma sociedade mais saudável e protegida contra doenças preveníveis por vacinação.
Não deixe para depois: consulte seu médico ou unidade de saúde e verifique quando você e sua família devem receber a vacina da gripe neste ano. A prevenção é sempre o melhor caminho!