O que é a gripe (Influenza)?
A gripe, conhecida cientificamente como influenza, é uma infecção viral respiratória aguda que atinge milhões de pessoas anualmente no Brasil. Diferente do resfriado comum, a gripe é causada especificamente pelo vírus influenza e, por isso, caracteriza-se por sintomas mais intensos e início súbito. Esta doença altamente contagiosa afeta principalmente o sistema respiratório, incluindo nariz, garganta e, em casos mais graves, os pulmões.
A gripe representa um problema de saúde pública significativo, especialmente durante os meses mais frios, quando sua incidência aumenta consideravelmente. Segundo dados do Ministério da Saúde, a doença é responsável por milhares de internações hospitalares anualmente, principalmente entre idosos e pessoas com condições crônicas preexistentes.
Principais sintomas da gripe
Os sintomas da gripe geralmente aparecem de forma súbita e são mais intensos que os do resfriado comum. O reconhecimento precoce desses sinais é fundamental para o tratamento adequado e prevenção de complicações. Os sintomas clássicos da gripe incluem:
Sintomas primários:
- Febre alta (geralmente acima de 38°C), que surge repentinamente
- Tosse seca persistente
- Dor de garganta intensa
- Dores musculares e corporais (mialgia) difusas
- Dor de cabeça forte, principalmente na região frontal
- Fadiga e fraqueza extremas que podem durar semanas
Sintomas secundários:
- Calafrios e tremores
- Congestão nasal e coriza
- Olhos vermelhos e sensíveis à luz
- Perda de apetite
- Dificuldade para respirar
- Rouquidão
Em crianças, a gripe pode manifestar-se com sintomas adicionais, como diarreia e vômitos, o que não é tão comum em adultos. Por outro lado, idosos, por sua vez, podem não apresentar febre alta, o que dificulta o diagnóstico.
A duração típica da gripe é de aproximadamente uma semana, com os sintomas mais intensos nos primeiros 3-4 dias. No entanto, a sensação de cansaço e mal-estar pode persistir por várias semanas após a resolução dos outros sintomas.
Como diferenciar gripe de resfriado
Muitas pessoas confundem gripe com resfriado comum, mas são doenças distintas com características diferentes. Conhecer essas diferenças é essencial para o manejo adequado de cada condição:
Característica | Gripe | Resfriado |
---|---|---|
Início dos sintomas | Súbito | Gradual |
Febre | Alta (38–40 °C), dura 3–4 dias | Rara ou baixa |
Dores musculares | Intensas e difusas | Leves ou ausentes |
Fadiga | Intensa, pode durar semanas | Leve |
Dor de cabeça | Comum e intensa | Rara |
Congestão nasal | Às vezes | Comum |
Espirros | Ocasionais | Frequentes |
Dor de garganta | Comum | Comum |
Tosse | Seca e intensa | Leve a moderada |
Complicações | Mais frequentes (ex: pneumonia) | Raras |
Duração | 1–2 semanas | 7–10 dias |
A gripe tende a deixar a pessoa prostrada, com dificuldade para realizar atividades cotidianas, enquanto no resfriado, mesmo com desconforto, geralmente é possível manter a rotina.
Causas e transmissão da gripe
A gripe é causada exclusivamente pelo vírus influenza, o qual possui três tipos principais que afetam humanos:
- Influenza A: Esse tipo é responsável pela maioria das epidemias sazonais e pandemias. Além disso, possui diversos subtipos, como H1N1 e H3N2.
- Influenza B: Além disso, esse tipo causa surtos localizados e epidemias menores, e não é dividido em subtipos.
- Influenza C:Em geral, provoca sintomas mais leves, semelhantes aos do resfriado, e raramente causa epidemias.
Formas de transmissão:
O vírus da gripe é altamente contagioso e se propaga principalmente através de:
- Gotículas respiratórias: Quando uma pessoa infectada tosse, espirra ou fala, ela libera pequenas gotículas contendo o vírus, que podem, assim, ser inaladas por pessoas próximas.
- Contato direto: Apertar as mãos ou tocar em uma pessoa infectada pode transferir o vírus.
- Superfícies contaminadas: O vírus da gripe pode sobreviver em superfícies como maçanetas, corrimãos, telefones e teclados por até 24 horas. Portanto, ao tocar essas superfícies e depois levar a mão aos olhos, nariz ou boca, a infecção pode ocorrer.
O período de incubação da gripe (tempo entre a infecção e o aparecimento dos sintomas) é geralmente de 1 a 4 dias. Uma pessoa infectada pode transmitir o vírus desde 1 dia antes do início dos sintomas até aproximadamente 5-7 dias após adoecer, sendo mais contagiosa nos primeiros 3-4 dias da doença.
Diagnóstico da gripe

O diagnóstico correto da gripe é fundamental para o tratamento adequado e para evitar o uso desnecessário de antibióticos, que não são eficazes contra infecções virais. Por isso, existem diferentes métodos para diagnosticar a gripe:
Avaliação clínica
O médico geralmente inicia o diagnóstico através da avaliação dos sintomas apresentados e do exame físico. Durante uma epidemia de gripe, o diagnóstico clínico pode ser suficiente para casos não complicados. Os sinais clássicos incluem:
- Início súbito de febre alta
- Presença de sintomas respiratórios
- Dores musculares intensas
- Surgimento durante a temporada de gripe
Testes laboratoriais
Para confirmação definitiva, especialmente em casos graves ou em pacientes de grupos de risco, podem ser solicitados exames específicos:
- Teste Rápido de Influenza (RIDT): Fornece resultados em aproximadamente 15 minutos, mas possui sensibilidade limitada.
- PCR (Reação em Cadeia da Polimerase): Método mais preciso que detecta o material genético do vírus, com resultados disponíveis em algumas horas.
- Cultura Viral: Considerado padrão-ouro, mas requer mais tempo (3-10 dias) para obtenção dos resultados.
- Testes Sorológicos: Detectam anticorpos contra o vírus da gripe no sangue, úteis para estudos epidemiológicos.
O diagnóstico laboratorial torna-se particularmente importante em:
- Pacientes hospitalizados com sintomas respiratórios graves
- Pessoas com alto risco de complicações
- Situações de surtos em instituições fechadas (escolas, asilos)
- Casos atípicos ou quando há outras doenças suspeitas
Tratamentos caseiros eficazes para gripe
Embora não exista cura específica para a gripe, diversos tratamentos caseiros podem aliviar significativamente os sintomas e acelerar a recuperação. Estas medidas são especialmente úteis para casos leves a moderados da doença:
Hidratação adequada
A ingestão abundante de líquidos é fundamental durante a gripe, pois:
- Ajuda a fluidificar as secreções respiratórias
- Previne a desidratação causada pela febre
- Alivia a dor de garganta
Recomendações:
- Água em temperatura ambiente (pelo menos 2 litros diários)
- Chás de ervas como camomila, gengibre e hortelã
- Caldos e sopas leves, especialmente de frango
- Sucos naturais ricos em vitamina C
Alimentação apropriada
Durante a gripe, o organismo precisa de nutrientes para combater a infecção:
- Alimentos recomendados:
- Sopas e caldos nutritivos
- Frutas ricas em vitamina C (laranja, acerola, kiwi)
- Alimentos de fácil digestão
- Mel para suavizar a garganta (exceto para crianças menores de 1 ano)
- Alimentos a evitar:
- Laticínios (podem aumentar a produção de muco)
- Alimentos gordurosos ou muito condimentados
- Bebidas alcoólicas e cafeinadas
Repouso adequado
O descanso é essencial para a recuperação da gripe, pois:
- Permite que o sistema imunológico concentre energia no combate ao vírus
- Reduz o estresse físico e mental que pode comprometer a imunidade
- Diminui o risco de complicações
Recomenda-se repouso absoluto nos primeiros dias da doença, especialmente durante o período febril.
Umidificação do ambiente
Manter o ar úmido pode aliviar significativamente os sintomas respiratórios da gripe:
- Use umidificadores ou vaporizadores (limpos regularmente)
- Coloque recipientes com água próximos a fontes de calor
- Tome banhos mornos para respirar o vapor
Inalação com vapor
A inalação com vapor d’água pode proporcionar alívio imediato:
- Coloque água quente em uma bacia
- Adicione algumas gotas de eucalipto ou mentol (opcional)
- Cubra a cabeça com uma toalha e respire o vapor por 5-10 minutos
- Repita 2-3 vezes ao dia
Medicamentos para alívio dos sintomas da gripe
Embora os tratamentos caseiros sejam fundamentais, alguns medicamentos podem ajudar a aliviar os sintomas da gripe. É importante ressaltar que estes medicamentos não curam a infecção, apenas reduzem o desconforto:
Analgésicos e antitérmicos
Ajudam a controlar a febre e aliviar as dores corporais:
- Paracetamol: Eficaz para febre e dores, com menos efeitos gastrointestinais
- Ibuprofeno: Anti-inflamatório que alivia dores musculares e reduz a inflamação
- Ácido acetilsalicílico: Não recomendado para crianças e adolescentes com sintomas virais devido ao risco de Síndrome de Reye
Descongestionantes nasais
Aliviam a congestão nasal, facilitando a respiração:
- Sprays nasais salinos: Podem ser usados com segurança por períodos prolongados
- Descongestionantes tópicos (como oximetazolina): Não devem ser usados por mais de 3-5 dias para evitar o efeito rebote
- Descongestionantes orais: Podem causar efeitos colaterais como insônia e aumento da pressão arterial
Antitussígenos e expectorantes
Para o manejo da tosse:
- Antitussígenos (como dextrometorfano): Suprimem o reflexo da tosse seca e irritativa
- Expectorantes (como guaifenesina): Ajudam a fluidificar o catarro, facilitando sua eliminação
Antivirais específicos
Em casos específicos, principalmente para pessoas em grupos de risco, o médico pode prescrever medicamentos antivirais:
- Oseltamivir (Tamiflu) e Zanamivir: Mais eficazes quando iniciados nas primeiras 48 horas de sintomas
- Reduzem a duração da doença em aproximadamente 1-2 dias
- Podem prevenir complicações graves em grupos de risco
IMPORTANTE: Antibióticos não são eficazes contra a gripe, pois não combatem vírus. Seu uso inadequado contribui para a resistência bacteriana e pode causar efeitos colaterais. Antibióticos só devem ser utilizados quando há uma infecção bacteriana secundária, sempre sob prescrição médica.
Quando procurar um médico
Embora a maioria dos casos de gripe possa ser tratada em casa, certas situações exigem avaliação médica imediata. Reconhecer esses sinais de alerta pode prevenir complicações graves ou até mesmo fatais.
Sinais de alerta em adultos:
- Dificuldade respiratória ou falta de ar
- Dor ou pressão persistente no peito ou abdômen
- Tontura súbita ou confusão mental
- Vômitos severos ou persistentes
- Febre acima de 39°C que não diminui com medicação
- Melhora dos sintomas seguida de retorno com febre e tosse pior
- Sintomas que não melhoram após 7 dias
Sinais de alerta em crianças:
- Respiração rápida ou dificuldade para respirar
- Coloração azulada da pele
- Recusa de líquidos suficientes
- Interação reduzida ou falta de resposta
- Irritabilidade extrema
- Sintomas que melhoram e depois pioram
- Febre acompanhada de erupção cutânea
- Febre alta persistente
Situações que requerem atenção especial:
Pessoas com as seguintes condições devem consultar um médico logo aos primeiros sintomas de gripe:
- Idade acima de 65 anos
- Doenças crônicas (diabetes, asma, DPOC, cardiopatias)
- Sistema imunológico comprometido
- Gestantes
- Obesidade mórbida
- Crianças menores de 2 anos
A avaliação médica precoce nestes casos permite, portanto, a prescrição de antivirais que, quando administrados nas primeiras 48 horas, podem reduzir significativamente o risco de complicações graves.
Prevenção da gripe

A prevenção da gripe envolve, portanto, uma combinação de medidas individuais e coletivas. Dessa forma, implementar essas estratégias é fundamental para reduzir o risco de infecção e limitar a propagação do vírus:
Vacinação anual contra a gripe
A vacinação é a medida preventiva mais eficaz contra a gripe:
- Além disso, reduz em até 60% o risco de contrair a doença, especialmente em temporadas nas quais há boa correspondência entre a vacina e as cepas circulantes.
- Além disso, diminui significativamente a gravidade dos sintomas, mesmo em caso de infecção.
- Protege contra as complicações graves e hospitalizações
- Por isso, deve ser aplicada anualmente, preferencialmente antes do início da temporada de gripe.
No Brasil, a vacina é disponibilizada gratuitamente pelo SUS para grupos prioritários, incluindo:
- Idosos acima de 60 anos
- Crianças de 6 meses a 5 anos
- Gestantes e puérperas
- Profissionais de saúde
- Portadores de doenças crônicas
- Professores
Higiene das mãos
Nesse sentido, a higienização adequada das mãos é uma das medidas mais simples e eficazes para prevenir a gripe:
- Por exemplo, lave as mãos frequentemente com água e sabão por pelo menos 20 segundos.
- Utilize álcool em gel 70% quando não houver disponibilidade de água e sabão
- Momentos críticos para higienização:
- Após tossir ou espirrar
- Antes de preparar alimentos ou comer
- Após usar o banheiro
- Após contato com superfícies em locais públicos
Etiqueta respiratória
Adotar práticas de etiqueta respiratória ajuda a reduzir a disseminação do vírus:
- Cubra a boca e o nariz com lenço descartável ao tossir ou espirrar
- Na falta de lenço, utilize a parte interna do cotovelo, nunca as mãos
- Descarte o lenço usado imediatamente em lixeira fechada
- Evite tocar olhos, nariz e boca com as mãos não higienizadas
Distanciamento social durante epidemias
Durante períodos de alta circulação do vírus:
- Evite contato próximo com pessoas doentes
- Mantenha distância de pelo menos 1 metro de pessoas com sintomas respiratórios
- Evite aglomerações e ambientes fechados com pouca ventilação
- Considere o uso de máscaras em situações de risco aumentado
Cuidados com o ambiente
O ambiente pode ser um fator importante na transmissão da gripe:
- Mantenha os ambientes bem ventilados, com janelas abertas sempre que possível
- Além disso, higienize regularmente superfícies frequentemente tocadas, como maçanetas, interruptores e celulares.
- Não compartilhe objetos de uso pessoal como talheres, copos e toalhas
- Em ambientes de trabalho ou estudo, por isso, promova a limpeza regular de equipamentos compartilhados.
Fortalecimento do sistema imunológico
Um sistema imunológico saudável é mais capaz de combater infecções:
- Mantenha uma alimentação equilibrada rica em frutas e vegetais
- Pratique atividade física regular
- Garanta sono adequado (7-8 horas por noite para adultos)
- Controle o estresse
- Evite o tabagismo e o consumo excessivo de álcool
Grupos de risco para complicações da gripe
Algumas pessoas apresentam maior probabilidade de desenvolver complicações graves quando contraem gripe. Por isso, identificar esses grupos é essencial para garantir monitoramento e intervenção precoces:
Idosos
Pessoas com 65 anos ou mais estão entre os grupos mais vulneráveis:
- Sistema imunológico naturalmente menos eficiente
- Maior prevalência de doenças crônicas
- Resposta reduzida à vacinação
- Maior risco de pneumonia e outras complicações respiratórias
Crianças pequenas
Crianças menores de 5 anos, especialmente as menores de 2 anos:
- Sistema imunológico ainda em desenvolvimento
- Maior risco de complicações como otite média e pneumonia
- Maior taxa de hospitalização relacionada à gripe
- Sintomas atípicos que podem dificultar o diagnóstico
Gestantes
Mulheres grávidas em qualquer trimestre da gestação:
- Alterações fisiológicas da gravidez aumentam o risco de complicações respiratórias
- Maior probabilidade de hospitalização por gripe
- Possíveis complicações para o feto, incluindo parto prematuro
- Proteção através da vacinação beneficia mãe e bebê
Portadores de doenças crônicas
Pessoas com condições médicas preexistentes:
- Doenças respiratórias: asma, DPOC, fibrose cística
- Doenças cardíacas: insuficiência cardíaca, doença coronariana
- Distúrbios metabólicos: diabetes, obesidade mórbida
- Doenças renais ou hepáticas crônicas
- Distúrbios neurológicos ou neuromusculares
- Doenças hematológicas: anemia falciforme, talassemia
Imunodeprimidos
Pessoas com sistema imunológico comprometido:
- Pacientes em tratamento para câncer
- Transplantados em uso de imunossupressores
- Portadores de HIV/AIDS
- Usuários crônicos de corticosteroides ou outros medicamentos imunossupressores
Residentes de instituições de longa permanência
Idosos e pessoas com deficiência em casas de repouso ou instituições similares:
- Ambiente propício para surtos devido à proximidade entre residentes
- Dificuldade de implementar medidas de isolamento
- Presença de múltiplos fatores de risco em uma mesma população
Pessoas pertencentes a estes grupos de risco devem:
- Priorizar a vacinação anual contra a gripe
- Buscar atendimento médico imediato aos primeiros sintomas
- Considerar o uso de antivirais profiláticos após contato com casos confirmados
- Reforçar as medidas preventivas durante períodos de alta circulação viral
Perguntas frequentes sobre gripe
Quanto tempo dura a gripe?
A gripe típica dura entre 5 e 7 dias na maioria das pessoas. Os sintomas mais intensos geralmente ocorrem nos primeiros 3-4 dias, com melhora gradual após esse período. No entanto, a fadiga e a tosse podem persistir por até duas semanas ou mais em alguns casos.
A gripe pode ser curada com antibióticos?
Não. A gripe é causada por um vírus, e, por isso, antibióticos são eficazes apenas contra infecções bacterianas. Além disso, o uso desnecessário de antibióticos não ajuda a combater a gripe e pode contribuir para o desenvolvimento de resistência bacteriana. Portanto, antibióticos só devem ser utilizados quando há uma infecção bacteriana secundária, como sinusite ou pneumonia bacteriana.
Qual a diferença entre gripe e COVID-19?
Ambas são doenças respiratórias causadas por vírus diferentes. Embora apresentem sintomas semelhantes, a COVID-19 pode causar perda de olfato e paladar com maior frequência, tem período de incubação mais longo (2-14 dias versus 1-4 dias da gripe) e maior potencial para complicações graves em alguns grupos. Em caso de dúvida, o ideal é realizar testes específicos para diagnóstico correto.
É possível pegar gripe mais de uma vez por ano?
Sim. Existem diferentes tipos e subtipos do vírus influenza circulando simultaneamente. Por isso, a imunidade adquirida após uma infecção protege apenas contra aquela cepa específica, deixando a pessoa suscetível a outros tipos do vírus. Por isso, mesmo após ter gripe, é possível contrair a doença novamente na mesma temporada.
A vacina da gripe pode causar gripe?
Não. A vacina contra a gripe disponível no Brasil é composta por vírus inativados ou fragmentados, portanto incapazes de causar a doença. Além disso, algumas pessoas podem apresentar efeitos colaterais leves após a vacinação, como dor no local da aplicação, febre baixa ou dores musculares, que são reações normais do sistema imunológico e não a doença em si.
Quando uma pessoa com gripe deixa de ser contagiosa?
Uma pessoa com gripe pode transmitir o vírus desde 1 dia antes do início dos sintomas até aproximadamente 5-7 dias após adoecer. Além disso, crianças e pessoas com sistema imunológico comprometido podem permanecer contagiosas por períodos mais longos. Como regra geral, recomenda-se evitar contato próximo com outras pessoas até 24 horas após o desaparecimento da febre, sem uso de antitérmicos.
Conclusão: Enfrentando a gripe com conhecimento e prevenção
A gripe é uma doença respiratória que, embora comum, não deve ser subestimada. Seus sintomas podem variar de leves a graves, apresentando, inclusive, potencial para complicações sérias em determinados grupos de risco. Portanto, conhecer os sinais e sintomas da gripe, saber diferenciá-la de outras infecções respiratórias e implementar medidas preventivas adequadas são passos fundamentais para proteger a saúde individual e coletiva.
A prevenção continua sendo a melhor estratégia, especialmente com destaque para a vacinação anual, que representa nossa principal ferramenta contra a gripe. Além disso, aliada às práticas de higiene das mãos, etiqueta respiratória e cuidados com o ambiente, a vacina forma um escudo protetor essencial, especialmente para os mais vulneráveis.
Para quem já está com gripe, o tratamento adequado, que combina repouso, hidratação, alimentação balanceada e, quando necessário, medicamentos para alívio sintomático, contribui, portanto, para uma recuperação mais rápida e confortável. Além disso, nos casos que apresentam sinais de alerta, a busca por atendimento médico imediato pode fazer a diferença entre uma recuperação tranquila e o desenvolvimento de complicações.
Lembre-se: a gripe é uma doença sazonal que retorna anualmente, muitas vezes com cepas diferentes. Por isso, manter-se informado e adotar hábitos preventivos não é apenas uma medida pontual, mas um compromisso contínuo com a saúde.